Esta é uma frase da minha orientadora de pesquisa, prof. Leny. Talvez não esteja igual ao que li, mas este é o sentido: "Cuidem -se, pois não há revolta mais efetiva que a do corpo".
Foi engraçado, a primeira vez que eu li esta frase aficcionada no vidro da sala... eu demorei um pouco para entender o que aquilo queria dizer. Na verdade eu demorei dias! Sempre pensava como o corpo poderia se revoltar contra o quê. Ficava pensando nos corpos, donos de si, revoltados contra o sistema, talvez quem sabe assim uma estratégia eficiente; talvez uma viagem anarco-lisérgica da minha cabeça. Depois, claro, entendi teoricamente o que aquela frase queria dizer. Mas ficou sendo apenas um conjunto de símbolos linguísticos que meu cérebro decodificou em um significado coerente. O cérebro, operador das funções intelectuais, aquele órgão do corpo que tem acesso a memória - mas não o único.
E eis eu agora, gripada e sem voz, precisando de forças para arrumar a casa e cumprir meus afazeres, de forças para me divertir, e meu corpo não responde. Eu tenho tudo para realizar-me! Tudo, menos a cooperação de meu corpo. É, ele se revoltou contra mim, saturou de minha atitude displicente para com ele, sem remorso e sem perdão.
Agora sim, eu posso afirmar que compreendi, com todo meu corpo (e não apenas o cérebro) aquela frase.
2 comentários:
meu corpo está revoltado faz muito tempo com a qualidade do meu sono. só não sei o que fazer por ele ainda.
Lu, também tive essa relação com a frase de Leny. Primeiro, não entendi. Mas, mesmo assim, ela me chamava atenção, e eu lia e relia. Depois, achei algo tão tão importante pra gente atentar!
melhoras com sua voz, com o corpo, e com todo o restante!
=*
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