Há milhares de anos ,quando as palavras ainda se inventavam, os reflexos fisiológicos superavam a idéia de sentimentos, o ancestral do homem começou a observar: o fogo, depois do relâmpago, a neve, o sol se escondendo...
Tais forças da Natureza ,que dominavam o homem ,mas que também o alimentavam e da qual ele dependia, ganharam a forma de Deuses.
Usando como exemplo a mitologia Nórdica:
Loki, o deus do fogo .
Skadi,a deusa gigante da neve.
Jörd ,a deusa Terra.
Com os anos passando, os Deuses foram ganhando formas antropomórficas ,mas continuavam com suas formas animais e Naturais:
Odhin,com seus lobos e corvos.
Freyja,o falcão e os gatos.
Thor,o bode e as tempestades.
Pela semelhança com a forma humana, tais deuses certamente se tornaram mais populares, sendo honrados com poemas, sacrifícios, preces, canções e festas.
Essa na verdade é uma introdução a outros posts que tratarão sobre "shape shifter", ou a mudança de formas.
Ficam, claro, as questões:
_Os deuses mudaram suas formas ou nós mudamos a forma de vê-los?
_As formas animais seriam as formas dos deuses estarem mais próximos a nós?
_A nossa forma animal (a que chamamos Totem ou Fylgia) seria a forma de nos despedirmos de tudo isso e estarmos mais próximos aos Deuses ou seriam uma face da nossa alma mais selvagem e antiga?
Embora procuremos nos conectar ao antigo caminho, nossa mente "moderna", numa sociedade cristã e que acredita piamente no "material" é limitada ao tender entender toda essa capacidade de transformação.
A semelhança entre mitos de povos que não se comunicavam mostra o poder da observação e da conectividade com a Natureza/Deuses que tais povos tinham,sendo o mito uma face diferente (transformada) de uma verdade que nem sempre compreendemos.
Um comentário:
Ótimo, direto ao ponto! Deu pra organizar bastante as ideias esse post!
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